Ah... Quantas vezes somos apressados e tão perfeitos em nossas orações para pedir!!! Como conseguimos inspiração, e escolhemos bem as palavras, para rogar às nossas Entidades as suas benesses. Como sabemos dramatizar bem nossas aflições e desejos “tão necessários” para nossa jornada.

Ah... Como nos lembramos de preparar o ambiente, mentalizar com fé e buscar um ritual perfeito para pedir. Defumamos o ambiente, colocamos sal e perfume, visualizamos nossos pedidos...

Mas... Na maioria das vezes esquecemos das orações quando só necessitamos agradecer.

Quando tudo vai bem, as coisas seguem um rumo mais harmonioso, a primeira coisa que esquecemos é de agradecer.

Por vezes algumas palavras ditas quase que por obrigação, um “obrigado” meio forçado, que nem sempre vem com a mesma entonação dramática que damos quando estamos querendo alguma coisa.

Por que pedir é tão importante, e merece tanta atenção, e agradecer é tão facilmente esquecido ou desvalorizado?

Esquecemos que deve haver uma troca de energias. Recebemos e temos condições de doar. Quando tudo vai bem, e nossas energias estão harmoniosas, é o momento em que a espiritualidade mais precisa de nossa sincera doação. Desfrutamos de equilíbrio merecido, ou pedido, para que possamos verdadeiramente nos dedicarmos aos nossos compromissos espirituais.

Mas esquecemos...

Então a tempestade volta! Por vezes mais forte ainda! Único instrumento de retirar-nos de nossa comodidade, que já se transformava em conformismo, para acordarmos ao compromisso. Precisamos pedir novamente... Então voltamos a rezar, a pedir, a preparar o ambiente, a buscar formas de se fazer merecedor do que se pede. E ainda questionamos a justiça do quê se passa conosco neste momento triste.

Ninguém pode pela riqueza material garantir a felicidade perfeita, mas quando vertemos de nosso coração, de nossa alma, a energia necessária para nossos próximos, assim semeamos a verdadeira felicidade do espírito.

Na verdade nós é que podemos atender as preces de tantos que rogam aos céus uma melhora em suas vidas, uma cura pessoal ou de um ser amado. Somos médiuns, somos Jaguares! Temos tudo em nossas mãos para fazer o bem aos outros, e desta forma semearmos o quê verdadeiramente poderemos vir a merecer... E sem nada pedir!

O trabalho espiritual é nossa ferramenta sagrada para atender àqueles que lutam e sofrem mais que nós mesmos.

Perdoar a todos que nos ferem, consciente ou inconscientemente, é uma benção de alívio para quem sofre sob o peso da culpa, seja conhecedor dela ou não.

Atitudes de compreensão e atenção são sementes de amor incondicional lançadas na terra ressecada da alma dos revoltosos e incompreendidos.

Um abraço, um sorriso fraterno tonificam as forças daqueles que estão prestes a entregarem-se a depressão.

Não precisamos pedir... Apenas agradecer e semear! Somos fruto do quê plantamos no passado, e seremos amanhã o resultado do quê semeamos hoje!

Kazagrande

Publicado originalmente, aqui no Exílio, com o título de “Pedir ou Agradecer” em junho de 2010

2 Comentários

Comente com amor! Construa, não destrua! Críticas assim serão sempre bem vindas.

  1. Verdade muitas vezes estamos bem e esquecemos de agradecer e quando estamos tristes somente pedimos... Obrigada por abrir meus olhos, vou seguir os conselhos.
    Salve Deus!!

    ResponderExcluir
  2. A mensagem parece ser direta pra mim. Tenho pedido tanto e não tenho agradecido. Obrigada pela mensagem de reflexão.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Comente com amor! Construa, não destrua! Críticas assim serão sempre bem vindas.

Postagem Anterior Próxima Postagem