As tramas da psicologia moderna têm pregado que o ódio é uma necessidade, que tanto devemos amar como odiar. Alguns psicólogos mais ousados em sua análise da mente, chegam mesmo a afirmar que devemos odiar com o máximo de intensidade e externar o ódio para que ele não nos envenene.

O conceito de vida que essa psicologia nos apresenta é em si mesmo um grave sintoma de enfermidade mental. A imagem desse homem animalesco decorre de uma visão mórbida da criatura humana esmagada pelos instintos animais. Não obstante, a própria Psicanálise, imantada inicialmente ao conceito da libido, já desde Freud encontrou a válvula da sublimação. É que avanços posteriores, ao lado de progressos notáveis da Psiquiatria e das pesquisas psicológicas em vários campos, confirmaram a teoria espírita dos instintos espirituais que orientam a nossa formação humana.

Pensar em extinguir o ódio com a prática de externar a fúria é o mesmo que pretender apagar o fogo com gasolina.

O ódio gera o ódio. Por isso, o incêndio do ódio, que alimentarmos em nós e nos outros, terá de ser apagado pelos princípios da vida através da reencarnação. O Evangelho de Jesus substitui a lei bíblica do olho por olho e dente por dente pela lei do amor ao próximo, incluindo no próximo os próprios inimigos.

Enquanto não existir a luz do perdão as reencarnações dolorosas se processarão em círculo vicioso. Ficaremos presos à roda viva dos resgates penosos, por séculos e milênios, até aprendermos a amar os inimigos.

O ódio é força de destruição, é o ácido corrosivo da inferioridade espiritual. O homem que odeia se animaliza, rebaixa-se ao nível das feras.

O amor é a força criadora que distingue o homem do bicho. A vingança do homem inferior é a injúria, a agressão, o assassinato, o “olho por olho”. A desforra do homem superior é o perdão.

Quando perdoamos, desarmamos o adversário, ajudamo-lo a fazer-se criatura humana, a ser gente. Toda cultura humana se assenta no amor. O ódio é a negação da cultura, o domínio da barbárie, como vemos diariamente no mundo do crime. Só os loucos defendem e pregam o ódio, porque a mente desequilibrada semeia o desequilíbrio.

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